Janela sobre o pôr-do-sol

No (con)tato com o tronco da araucária
Abraçada pelos galhos [braços] desta árvore, que de acolhida é composta o seu porte.

E no caderno-ceú
a entrega do sol faz-se em completude
Os traços reluzentes povoam com intensidade e chegam até os olhos como manifestação do Sagrado

Mora o Sagrado no pôr-do-sol

Suas asas laranja a arrebatam para a ciranda da alma, transcendendo os leves suspiros de alegria em silêncio esparramado pelo desfecho do dia.

Contempla o que vê. E é contemplada.

Lembranças outrora, interiores de encantos, saudade das borboletas que a fazem caminhar. Vagam estes passos por suas estradas internas chegando até o coração como orações diante deste vasto canteiro do Sol.

{Oração no (c)oração. Palavras engra(vida)das pela laranja celeste}

Sem que a pressa subjugue o tempo,
os minutos seguem a rotação das horas
e os raios multiplicam-se para dentro de si mesmos, anunciando a chegada da noite

As palavras latejam
Num movimento (instante) nascem
Acontece a significância do Sagrado.

{Oração. Parto do (c)oração}

Pâmela Grassi

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