Vento de Junho - Cantos

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Canto I
O ceticismo que tu carregavas teceu de possibilidade os caminhos nômades que percorria. De partilhas que se davam de sabor em sabor, tu fostes entrando e começando.

Canto II
Neste começando de madrugadas grávidas de líquidos e interiores crescentes, entre os nossos abraços de re-significação, havia o encontro dos movimentos, aqueles que celebravam nos olhos e no tecido do corpo a fusão de nossas almas.

Canto III
Em noites de conspiração, de um permanecer em dois tão confuso e difuso, que de tão místico não se cataloga de paixão, nos lambusamos de afago. Enquanto lá fora, a chuva recitava canções de pingos, aqui dentro chovia o nosso aconchego.

Canto IV
Quando a estrada faz canto de tua presença, o que em mim lateja escorre para fora.

Pâmela Grassi,

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Abandonarei por alguns dias a tecidura das palavras dos blogs. Parto para estradas tupiniquins, mais quentes e ensolaradas que esta fria e úmida Serra Gáucha. Deixo por aqui, um abraço entrelaçado a todas e todos,

Comentários

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  2. Pâmela,
    Não tarde em voltar... precisamos do seu canto!
    Boa viagem... muito sol, calor e cores inspiradoras.

    Abraços

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  3. 'Quando a estrada faz canto de tua presença, o que em mim lateja escorre para fora'

    Uma lindeza, essa harmonia de palavras.
    Onde você encontrar sol me diga, porque até por aqui faz-se uma ventania.

    Beijos

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  4. vai. vai e volta trazendo mais ainda dessa cultura brasileira tão rica, pra nós.

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  5. Já no Matuto a sua Janela Lateral...

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  6. Gostei de te "ouvir" aqui. Volte logo, menina doce!

    Beijos.

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  7. Uia...

    Uma irmã volta, a outra se vai!

    Bom, aproveita o sol, pois pra cá realmente tá muito frio!

    Ah, e não demores pra voltar, pois tua presença nos alegra e esquenta!

    Abraço!!!

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  8. Que lindo Pâmela!

    Uma boa viagem pra você.

    Grande Beijo!

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  9. nossa, Pâmela, esses cantos me deixaram até sem ar...que lindeza de encontro e encantos

    aproveita o sol e, se der, traz um pouquinho dele contigo...não aguento mais essa geladeiraaa!!!
    (inda bem que to indo passar uns dias no Rio logo logo :)

    beijão, querida!

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  10. Pâm,

    encantaram-me seus cantos.

    vá, divirta-se e volte renovada.

    beijo

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  11. Bom dia, guria, hoje o mundo tá virado, o sol nasceu no norte e até agora ninguém reparou... Aforismático por demais o teu texto!Lindo!

    PS.:Adorei as palavras do Frei Betto: "Torna-me louco, irremediavelmente louco,
    como os poetas sem palavras para seus poemas". às vezes me sinto um tanto assim. Vais para o cerrado?! Eu também me fiz um gaudério e andarilho por terras novas, deixei as coxilhas perto da fronteira castelhana e adentrei este grande sertão veredas! Se és Gremista, faça como fiz: desbrave terras ternas e amarre teus cavalos no obelisco! Se és colorada, não tem problema, ninguém é perfeito =)
    Beijo.

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  12. "Chuchu vou me mandar! É, eu vou pra Bahia. Talvez volte qualquer dia." (:

    Praticamente uma trovadora (:

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  13. Pâmela,
    Belos cantos, moça. Que entrelaçar mais delicioso de se ler.
    Até sua volta.
    Beijo grande,

    Ivan Bueno
    blog: Empirismo Vernacular
    www.eng-ivanbueno.blogspot.com

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  14. obrigado
    tbm estou a te seguir....

    beijos e abraços companheira

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  15. Me fez pensar no Chico B. em Leite Derramado.
    Não sei explicar se é a urgência ou a exatidão do seu ser na escrita.
    Só sei que gosto e muito!

    Deixo - lhe um sorriso de raio de sol e paz.

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  16. Sem palavras dona moça.

    não demore...
    volte logo.

    um beijo de carinho e poesia.

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  17. "Quando a estrada faz canto de tua presença, o que em mim lateja escorre para fora."
    E escorreu até aqui, nas praias cariocas, e me afogou nesse mar de fantasia. Viajei por essas águas de magia...

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