Náufragas


Havia um tempo em que as palavras chegavam e escorriam pelas agulhas. Quando estradas, muitas eram. Hoje em dia elas fogem pelos dedos e pelos fios dos cabelos, sem perpassarem por uma folha qualquer. No Uruguay, então, as palavras afundaram no mar gélido. Como os sonhos. 

Pâmela Cervelin Grassi

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