Dança da poetisa
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Nesta noite fria, atraída pela fisionomia do silêncio que se instaura na chuva, bandos de passarinhos pousam um a um nestas folhas brancas. Batem suas asas, esvoaçam palavras.
- Quem sabe seja isto uma árvore, sussurra Cortázar
- Quem sabe a expressão do namoro do corpo pela alma: corpo que se estende molhado para provar do céu, alma que recolhe gotas para beber do espanto, disseram os passarinhos
Poetisa é quem enamora os interstícios do corpo na alma e vice-versa
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Pâmela Grassi,
numa noite em que os pássaros pousaram nas folhas em meio a um trabalho desesperado de história medieval
Interessante o seu comentário lá no blog. Poesia forte a sua, parece a vivência de uma cena difusa, na separação do corpo e alma que unem-se intermitantemente para provar um do outro, para que se lubrifiquem e continuem fluentes como um rio que jorra denso em sentimentos afogados em palavras. Depois irão separar-se novamente a fim de não sentirem-se solitários, para haver certeza de que são dois.
ResponderExcluirBeijO!
É que isso ficou tão intenso e bonito. É que os passarinhos parecem ser, então, espectadores desse namoro entre corpo e alma. E com seus pequeninos olhinhos enxergam tanto de nós. Muito mais do que os tantos que nos atravessam dia a dia.
ResponderExcluirUm beijo, flor.
A poetisa dança quando alguém capaz de bater asas aparece, desvendando, fazendo com que as palavras voem, sigam a trajetória de algo distante ou próximo... quem sabe isso não seja uma árvore!
ResponderExcluirbeijos
Você aqui...
ResponderExcluirE tão livre e colorida quanto lá...
Tão bonito
nossa, muito lindo!
ResponderExcluirquisera eu escrever tão bem assim...
beijos
Mas foi uma bela dança...
ResponderExcluirBjs
Poetisa é aquela que das palavras faz jorrar bonitezas
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