Nem mesmo você

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Canto desafinado venho machucar a noite. Pingos d’água espalham soluço a cada nota consumada. Quando contigo a madrugada despeja alfinetes, os olhos dirigem-se para o mar imenso. Extenso.

Vaga entre as ondulações o que perpassa nos meus interiores. {Reviro as minhas voltas} procurando um mergulho para te afogar. Mas as reviravoltas do mar te trazem de volta.

E eu, exposta em areias fragmentadas
Me deparo novamente com a tua saudade
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Pâmela Grassi,

Comentários

  1. Viver fora de nós mesmos, é mesmo trágico.. rs

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  2. Às vezes se livrar de alguma coisa é muito difícil, ainda mais coisas perfurantes, "feito alfinetes"... Um sentimento bom que dói, que dilacera. Sempre quando achamos que chegamos a um nível de maturidade o suficiente pra dizer "Afogar"... Lá está ele, lindo, fantasiado de saudade!

    Beijos Pâmela

    Muito bom seu texto!

    beijos Guilherme

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  3. Mar em ressaca joga tudo de volta para a areia

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  4. "às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais". Como assim já disse Cazuza, afogamos o amor na praia, mas as ondas com todas suas reviravoltas, por muitas vezes nos traz ele de volta, deixando-o na areia quase à nossos pés. E podemos pensar que a perfeição que tem as ondas só traz de volta aquilo de que sentimos saudade.
    Belíssimos escritos! São intensos e nos alfineta os sentimentos.
    beijO!

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  5. É ela que não me deixa, essa saudade que pesa no peito e não vai embora. Mas, também não quero matá-la, seria uma fonte a menos de alimento.

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