Des(compassos) de (a)braços
As madrugadas arrastavam-se pela consistência do frio. Perdida nas horas, ela partia para o desfecho de seus olhos carregando a face intensa da Lua. Colocava seu sono no escuro e, encolhida, buscava a cozedura do calor. O tempo desdobrava-se nestas tentativas, até que palavras chegavam à sua janela, adentravam-se na sua cama e, de letra em letra, envolviam-na num aquecimento contínuo e crescente. Eram os des (compassos) dos abraços deles. Seguia ela por estes versos fluidos. Seguia ela com os desejos que por ele a entorpeciam.
- Guarda-me nos teus braços [para sentirmos as densidades dos corpos]
- Fecha-me num abraço [para conduzirmos as possibilidades de afagos]
- Reúna-me em teus versos [para nos alimentarmos da intimidade das palavras encarnadas]
Pâmela Grassi,
- Guarda-me nos teus braços [para sentirmos as densidades dos corpos]
- Fecha-me num abraço [para conduzirmos as possibilidades de afagos]
- Reúna-me em teus versos [para nos alimentarmos da intimidade das palavras encarnadas]
Pâmela Grassi,
Ah, adorei o blog!
ResponderExcluirJá estou seguindo e linkando...e voltarei sempre e sempre!
Bjos querida!
Pâmela...
ResponderExcluirEntre abraços e versos se ascende ao prazer das palavras encarnadas, como lábios acesos!
Beijosss
AL
Já estava sentindo falta de suas cores.
ResponderExcluiré incrível a desenvoltura com a qual estás percorrendo entre palavras e corpos...
ResponderExcluirmais uma vez, parabéns!
Coisa-mais-linda!
ResponderExcluirHá de se arranjar modos de aquecimento nas noites frias desta Serra,
ResponderExcluirEu quero capturar essa Lua pra mim, e dar-lhe um abraço, o meu abraço!
ResponderExcluirDe quereres e 'sentires' quase tácteis embalam noites insones... ;)
ResponderExcluirnão sei fazer comentários em blogs tipo literários, mas saiba que leio sempre ;)
ResponderExcluir"Sentiu nas páginas, cálidas, uns dedos pesados que afagavam-lhe as letras. Uma saliva alheia lhe umedecia as extremidades a cada folheamento. Abria-se e fechava-se, e a cada intersecção era devorado por olhos vorazes. Procurou nas entrelinhas uma explicação, mas nada encontrou."
ResponderExcluirpâmela:
ResponderExcluirmuito bons esses versos!
teu blog tá muito bom!
esse jeito próprio de falar sobre o desenvolver de tua inspiração...
belo...
joão cony