Costura da vida,
Posto a vida nesta costura, no sutil movimento das linhas enrolo-me na busca de sua essência.
Alinhavo a cor vermelha, cisco de inquiteção que nega um caminho entorpecido de conformidade. Linha vermelha que oferece a costura da luta, das bandeiras entoadas pelo caminhar - aquele com passos de Utopia.
Coso tons marrons, densos de umidade, para o retorno ao nosso ventre, a Mãe-Terra, que com sua ciranda de folhas despidas pelo vento, derrama os gritos de suas filhas e filhas sobre os ouvidos dispostos a acolhê-los.
A agulha segue sua trajetória no tecido. Perpassa-o com as cores além-mar - extensas e densas como um céu florido de possibilidades. Percorre as cores amarelas, armando feixes reluzentes. Surge o laranja do Sol, despertando comunidades.
Caminham as linhas pela costura da vida,
construindo um alinhavo de cores,
tecendo-se de noites acalantadas na insônia,
para nascer manhãs de boniteza,
Pâmela Grassi,
Bordada pelo presente que minha irmã, Paulinha, trouxe das terras capixabas, a canção Costura da vida. É a cosedura dos companheiros e companheiras que seguem em marcha pela latino-america, em especial das Pastorais da Juventude e as mulheres da Marcha Mundial das Mulheres.
Alinhavo a cor vermelha, cisco de inquiteção que nega um caminho entorpecido de conformidade. Linha vermelha que oferece a costura da luta, das bandeiras entoadas pelo caminhar - aquele com passos de Utopia.
Coso tons marrons, densos de umidade, para o retorno ao nosso ventre, a Mãe-Terra, que com sua ciranda de folhas despidas pelo vento, derrama os gritos de suas filhas e filhas sobre os ouvidos dispostos a acolhê-los.
A agulha segue sua trajetória no tecido. Perpassa-o com as cores além-mar - extensas e densas como um céu florido de possibilidades. Percorre as cores amarelas, armando feixes reluzentes. Surge o laranja do Sol, despertando comunidades.
Caminham as linhas pela costura da vida,
construindo um alinhavo de cores,
tecendo-se de noites acalantadas na insônia,
para nascer manhãs de boniteza,
Pâmela Grassi,
Bordada pelo presente que minha irmã, Paulinha, trouxe das terras capixabas, a canção Costura da vida. É a cosedura dos companheiros e companheiras que seguem em marcha pela latino-america, em especial das Pastorais da Juventude e as mulheres da Marcha Mundial das Mulheres.
Pâmela
ResponderExcluirFico feliz ao ver que vibramos na mesma frequência!
Fiz e publiquei , em março deste ano, os versinhos que seguem:
COSTURA
Tenho
Um sonho
Até agora
Somente
Alinhavado
Não consigo
A costura
Conclusiva
Falta muito:
Casas
Debruns
Arremates
E
Chuleados
Mas...
Tenho um sonho
Alinhavado
Beijos
Maravilha ler Pâmela e Zélia se costurando poeticamente num tecido enlevado.
ResponderExcluirBeijos.
Um deleite, Pâmela!
ResponderExcluirTuas poesias são lindas...
ResponderExcluirNão pela perfeição (que não existe)
Mas por saber reconheSER
Elas demonstram algo,
Que quiças nem percebas...,
que é com sutileza que impactas...
A mais sólida rocha...
Que Bonito...
ResponderExcluirArrepia, sabia?
ResponderExcluirQue esse amor pela luta, pelo bem nunca cesse nas suas cores, minha flor.
Isso aqui me alimenta. Beijo
Pâmela, que delícia as letras exprimidas em grande primícia.
ResponderExcluirParabéns ave rara!
Priscila Cáliga
Que boniteza, Pâmela!
ResponderExcluirMuito bom ler vc ;)
Adorei a metáfora,Pâmela!
ResponderExcluirPalavras muito bem colocadas!
Parabéns pelo blog!
Bjinhos***
É uma boa alegoria, essa dos costurar :)
ResponderExcluirGostei tanto, tanto.
ResponderExcluirLindo Pâmela!
Grande beijo.
lindo texto.
ResponderExcluirUm beijo grande
já te sigo. beijo
ResponderExcluirEstamos juntas, Pâm. ;)
ResponderExcluirbeijo
Pâmela, eu andei meio sumida e estava com saudades...coisa boa chegar aqui e ler tantos versos costurados em poesia que alinhava a vida
ResponderExcluirlindo de ver a sintonia dos teus versos com os da Zélia
um beijão
Nu-dança cambiante...
ResponderExcluirenigMATIZADO clama poesia...
"O Yellow se fez mais belo
pois com o Pink fez um elo
o Purple é roxo porque gosta
o Verde é Green só quando quer
quando não quer, amadurece
e desabrocha igual mulher (ou Rosa)"
Obs:Belo poema também o da Zélia, intertextualizaram os matizes!